quarta-feira, 23 de maio de 2012

O Velho...

             De uns tempos para cá estava tentando descobrir o que seria realmente a vida. Decidi que procuraria as pessoas mais decentes para que pudessem responder minha pergunta de forma satisfatória..
Conversei primeiro com um cientista, ele me dissera que conforme a lei da ciência ensinara, éramos descendentes de macacos e evoluímos conforme o passar dos anos. Eu agradeci pela resposta e fui à procura da próxima.
            Entrei em um templo religioso e conversei com o sacerdote. Ele explicou que conforme o livro sagrado, Deus havia criado o mundo em sete dias, o casal que ele havia posto no paraíso cometeu um erro, eles foram expulsos e a partir daí a vida se iniciou. Novamente agradeci e me retirei.
Poucos passos depois, passei pelos portões de uma escola, entrei e me dirigi a sala dos responsáveis. O pedagogo me recebeu de braços abertos e me tratou muito bem. Refiz minha pergunta, ele me analisou e respondeu que a vida é feita de momentos e que nós temos que aproveitar cada segundo dela. Eu sorri, era uma das respostas mais convincentes até o memento, mas, ainda não havia saciado minha dúvida.
Caminhei devagar, o Sol da tarde irritava meus olhos, coloquei as mãos nos bolsos e sentei-me num banco de tijolos improvisado. Um senhor se aproximou, sorriu para mim, segurou a bengala e ficou em silêncio por alguns minutos.
- Não teve sucesso hoje não é filho? – ele perguntou com a voz rouca e baixa.
Eu o olhei um pouco desapontado. Ele me encarou uma vez com os olhos cansados e disse:
- Nossa vida é como um livro sabe? O abrimos, erramos, acertamos nos arrependemos no decorrer das páginas e deixaremos nossa marca conforme for a nossa história. – ele continuou me olhando. – Importante para uns, sem valor para outros... – ele respirou fundo. – Alguém sempre vai querer ler a sua história. Da mesma forma que muitos vão ignorá-la e farão pouco caso dela. – após isso ele fez silêncio.
Eu sorri de uma forma simpática e gentil. Refleti por um minuto.
“A vida é o único livro onde não se pode haver rascunhos...”
                                                                                                                         Júlia Rossi

Fica dica a todos!
Ótimo fim de tarde a todos!
Júlia Rossi

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