quarta-feira, 8 de maio de 2013

O tal do Amor incondicional...

  Na gravidez inteira eu li vários blogs e sites de mães que logo que acabaram de descobrir a gravidez já estavam doidas, amando loucamente o bebê que ainda nem conheciam. Eu fiquei muito feliz com a notícia da gravidez, mas mesmo amando o bebê logo de começo não consegui sentir nenhuma diferença quando o assunto era sentimento. Os meses passaram, a barriga começou a crescer, o bebê começou a mexer e nada de eu sentir o tal "Amor" que todas diziam sentir, o "Amor" que as levariam a morte pelo filho, lógico que eu o amei desde o início, mas nada comparado ao que eu lia ou presenciava de outras mães. Eu não conseguia imaginar o rosto do bebê como algumas diziam ser possível, não conseguia criar nenhuma feição com quem ele se pareceria, não conseguia descrever o que eu estava sentindo, por isso muitas vezes deixei a desejar aqui no blog. Mas o tempo passou e chegou o grande momento, claro, eu estava hiper ansiosa, mas nada comparado as outras mães que eu conhecia, eu me senti muitas vezes fria, me sentia culpada de não conversar tanto com a barriga, algumas vezes eu cantei para ela e percebia como mexia mais, mas nada mais que isso. O grande dia chegou, eu fui para maternidade, estava com tanto medo, nervosa de que algo desse errado, me internaram, me colocaram no soro, as dores começaram, e numa questão de segundos... Nasceu!!! 
_ Nasceu mãe! - disse o médico. - É menina! - ele anunciou pois eu não sabia se era o Marcos ou Helena.
Eu lembro que eu ri e encostei a cabeça na cama. Ela chorou e naquele momento eu também chorei, chorei como nunca, chegava a soluçar, foi então que mais uma vez comecei a procurar desesperadamente o tal do "Amor" que todas diziam, e não consegui encontrar. Me senti horrível, a pior mãe do mundo, eu queria sentir o tal do "Amor" de mãe que todo mundo fala. O médico terminou, me levaram para o quarto e pouco tempo depois trouxeram ela para mim.
_ Nossa mãe, ela é linda e tem olhos claros. - a enfermeira anunciou, me entregou o bebê, disse para eu amamentar e saiu.
Eu pela primeira vez carreguei aquele bebê tão pequeno no colo, ela estava acordada e encontrou meus olhos toda curiosa, olhou para mim de um jeito que eu não consigo descrever, foi então que eu chorei, chorei de emoção, chorei de prazer, chorei sem saber o por que de estar chorando. E foi então que eu descobri o tal do "Amor incondicional", aquele do começo do texto lembram... E realmente é um amor que não dá prá descrever. O tal do "Amor"... O tal do "Amor incondicional"...

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